Estamos
sempre enfatizando aqui na SAGITTA que a
alimentação é a principal chave para manter o organismo saudável. Por isso,
devemos sempre prestar atenção naquilo que comemos, lembrando que essa não é apenas
uma questão de peso, mas sim de saúde. As dietas milagrosas ainda são muito
procuradas, porém a palavra de ordem dos médicos e nutricionistas é a reeducação
alimentar. Hoje vamos falar um pouco mais sobre essas mudanças de hábitos
que ajudam no emagrecimento e também melhoram a saúde.
O que é reeducação alimentar?
A
reeducação alimentar se refere a uma mudança profunda no modo como nos
alimentamos. A maior parte das pessoas se alimenta de maneira equivocada,
pensando somente na fome e não na manutenção de um corpo saudável. Por isso, é
fundamental que possamos reaprender a comer, seguindo regras de ouro que fazem
bem para o organismo como um todo.
Essa
mudança é diferente das dietas, que normalmente são muito restritivas e só são
feitas por um curto período de tempo. Em vez de cortar radicalmente alimentos
calóricos para depois voltar a comer como antes, a reeducação alimentar prega
uma alteração nos hábitos alimentares que deve servir de guia para toda a vida.
Para que serve a reeducação alimentar?
Diferentemente
do que muitas pessoas pensam, a reeducação alimentar não serve apenas para quem
quer emagrecer. Esse é um processo diretamente relacionado à saúde e deve ser
seguido por todas as pessoas que se preocupam com a própria saúde. Os
principais objetivos da reeducação são:
- emagrecimento;
- ganho de peso;
- controle do diabetes;
- controle do colesterol alto;
- manutenção da saúde.
Pessoas
que sofrem com problemas de saúde como o mau funcionamento do rim, por exemplo,
também precisam passar pela reeducação alimentar para que os problemas ligados
à doença possam ser atenuados. Mas isso não significa que a reeducação se
destina apenas a pessoas com problemas de saúde. A simples manutenção do
organismo em pleno funcionamento requer uma alimentação equilibrada, seguindo
as recomendações de um profissional. Esse tipo de mudança pode trazer mais
qualidade de vida para qualquer pessoa: crianças, adolescentes, adultos ou
idosos.
Outra
função importantíssima da reeducação alimentar é o controle de doenças
crônicas. Já tratamos algumas vezes desse assunto aqui no blog. Acesse os links
para saber mais sobre essas doenças e como tratá-las por meio da alimentação:
O que eu devo comer?
Um dos
diferenciais da reeducação alimentar é que o cardápio deve levar em
consideração o perfil alimentar de cada pessoa. Ao longo da vida, criamos
hábitos alimentares que se associam à nossa história. O alimento preferido de
uma pessoa pode ser odiado por outra e as memórias de cada indivíduo interferem
nesse tipo de relação que estabelecemos com as comidas.
Além
disso, a alimentação adequada vai depender dos objetivos individuais das
pessoas. Como vimos, a reeducação se destina a vários fins, incluindo o ganho
de peso e o tratamento de sintomas diversos. Por essa razão, o cardápio que
vale para mim não vale para você. O ideal é procurar um profissional
qualificado, conversar sobre seus hábitos, discutir os objetivos e definir um
cardápio que condiz com o seu perfil.
Como posso mudar minha alimentação?
Toda
mudança de hábitos é complicada, mas totalmente possível. Nós, seres humanos,
tendemos a nos adaptar a variadas situações, apesar do medo de mudança. Por
isso, é fundamental dar o primeiro passo e não desistir por qualquer tropeço. O
ponto central é repensar a alimentação, buscando formas de prazer ligadas às
cores, cheiros e texturas dos alimentos. Tenha sempre em mente que o que trás
satisfação não é a quantidade, mas a qualidade do que comemos.
Um bom
ponto de partida é listar quais são os principais erros cometidos no seu dia a
dia alimentar. Será que você come demais? Os alimentos que você ingere fazem
bem à saúde? Você costuma comer de 3 em 3 horas? Pensando nesses erros, é
possível chegar a conclusões importantes sobre as mudanças necessárias ao seu
organismo. Assim, fica mais fácil elaborar, juntamente com um profissional, as
estratégias para uma reeducação alimentar.
Para além
dessas medidas, a consulta com um nutricionista é sempre a melhor pedida para
quem quer se reeducar. Esse profissional poderá coletar dados como peso,
altura, medidas, acúmulo de gordura e massa magra presente no corpo, bem como
solicitar exames laboratoriais que possam traçar o perfil daquele indivíduo.
Somente com essas informações, é possível criar um plano de mudanças
alimentares eficiente.
Fome X Vontade de Comer
É muito
comum que a gente confunda a fome com a vontade de comer. Elas podem ser
parecidas, mas não são iguais. A fome se limita à nossa necessidade
nutricional, ou seja, é uma sensação que aparece quando o organismo precisa de
alimentação. Já a vontade de comer se associa a fatores mais psicológicos.
Fatores como nervosismo, ansiedade, frustrações e muitos outros podem aumentar
a vontade de comer, mesmo que não estejamos realmente como fome.
Distinguir
essas duas necessidades é fundamental para a reeducação alimentar, mas isso não
quer dizer que você só deve comer quando está com fome. O ideal, na verdade, é
que comamos periodicamente, independente da sensação de fome. Em um processo de
reeducação, é possível também satisfazer a vontade de comer em situações
específicas, desde que isso seja feito com alimentos mais saudáveis e pouco
calóricos.
Dicas Importantes
O sucesso
da reeducação alimentar também vai depender pequenas transformações que podem
facilitar o processo. Veja as dicas:
- Faça sempre 6 refeições por dia, com um intervalo de 3 horas entre elas. Os períodos longos de jejum dificultam o emagrecimento e podem trazer prejuízos para o organismo;
- Beba pelo menos 2 litros de água diariamente e não espere a sensação de sede. A água é fundamental para a digestão, para a manutenção da saúde e também para a sensação de saciedade;
- Os chás emagrecedores devem ser usados entre as refeições. Algumas boas opções são o chá verde, chá de erva doce, chá de hibisco, chá de camomila, chá branco e o chá mate;
- Evite comer fora de casa, principalmente em lanchonetes e fast foods. Leve para o trabalho opções de lanche mais saudáveis;
- Não consuma refrigerantes, mesmo que light, e sucos industrializados. Prefira os sucos naturais, que podem ser mais calóricos mas diminuem a fome e são nutritivos;
- Inclua alimentos integrais em sua alimentação diária. Eles são fundamentais para a manutenção da saúde e ajudam na perda peso;
- Corte as frituras de sua alimentação, exceto em situações muito especiais. O consumo de gorduras ruins deve ficar restrito;
- Faça exercícios físicos com regularidade e tente não ter uma vida sedentária. Medidas como estacionar o carro um pouco mais longe ou usar a escada em vez do elevador podem fazer muita diferença no dia a dia;
- Coma frutas variadas diariamente. A recomendação dos especialistas, exceto em alguns casos, é de 4 porções de fruta por dia;
- Coma também verduras, legumes e folhas todos os dias. Uma boa dica é ter folhas lavadas na geladeira e acrescentá-las nos lanches;
- Não “belisque” no intervalo entre as refeições, mas se sentir muita fome, procure petiscos saudáveis como frutas secas;
- Faça suas refeições em ambientes tranquilos e silenciosos.
Seguindo
todas essas dicas, será bem mais fácil ter uma alimentação saudável não durante
um tempo, mas pelo resto da vida.
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